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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Literatura Infanto Juvenil




O termo literatura em nosso país já está associado com a palavra “fracasso”. Quando falamos em interpretação de texto, aos ouvidos das crianças soa como “obrigação de ler”. A grande maioria das crianças não entendem aquilo que lêem, elas apenas constroem palavras, repetem.
A leitura do texto deve ser mais aprofundada e não superficial, como hoje em dia é, a criança muito antes de responder, interpretar o texto, deve entender o que está lendo, só assim o professor pode tirar do aluno algo que o faça ver como o fator principal para o seu desenvolvimento.
Atualmente as escolas estão sofrendo uma reforma, os educadores buscam novas formas de ensino-aprendizagem, tanto para os seus aluno, quanto para eles próprios.
O estímulo à leitura nas crianças influencia no seu desenvolvimento posterior de leitura, as crianças constroem nas primeiras séries, um conceito de texto e leitura baseado nas práticas escolares, o texto é visto como um conjunto de palavras e sentenças, cujo significado não interessa a leitura, conseqüentemente é tida apenas como decodificação.
As leituras de livros são seguidas de perguntas, porem o professor exige que, nas respostas a criança repita o conteúdo textual. A criança não é encorajada a estender sua compreensão de livros para os outros contextos situacionais ou usar o eu conhecimento do mundo. Isso faz com que a criança se limite a perguntas e respostas, fica tudo mecânico, e ela não consegue desenvolver a sua criatividade.
O acesso à literatura muitas vezes aos níveis sociais da comunidade. As crianças com pais analfabetos ou semi-analfabetos sofrem mais, pois, não tem o estimulo dos pais, ficam distantes dos livros, os pais muitas vezes não podem fazem correção, por não entenderem, ou simplesmente por não terem tempo. Já as crianças com pais alfabetizados têm um estímulo a mais, pois o acesso aos livros fica mais freqüente e mais fácil. O problema do défice da literatura infanto-juvenil é considerado um problema sócio-cultural, mas isso não quer dizer que não pode ser resolvido, não podemos generalizar.
A criança ao ler um texto precisa descobrir o sentimento da leitura, e não os aspectos do texto, quando a criança faz a leitura sem a compreensão do sentido ela tenta adivinhar as palavras, e muitas vezes nem percebe os erros de escrita dentro do texto.
A leitura é uma viagem de fundamentos e encantamentos, é fonte do conhecimento e lazer, desde que seja de boa qualidade, diversificados, atraentes e oferecidos aos jovens leitores sem pressão de forma a seduzi-los para que desejem ler numa linguagem simples e prazerosa. Trazer o texto para a vivencia, a imaginação, a historia, a interlocução de parceiros em sala de aula e fora dela, constitui uma atitude mais benéfica a formação de um futuro e persistente leitor.
Na entrevista feita com professores e alunos captar as mesmas vontades, desejos, emoções e expectativas tanto nos jovens e nos adultos, quantos nas crianças. Todos buscam o mesmo ao abrir um livro para ler. É certo que na maioria das nossas escolas em nossa cidade não tem uma biblioteca, onde os alunos tenham espaço e tranqüilidade para desenvolver a leitura, isso ajudaria consideravelmente, já que quando lemos interagimos com a história, precisamos de um ambiente adequado e estimulador para uma boa leitura. É bem mais fácil ler quando temos os livros em nossas mãos. Em nossa cidade as escolas se empenham para tornar os alunos grandes leitores, fazendo projetos sobre literatura, tentando incentivar ao máximo o gosto pela leitura. Isso acontece não só nas escolas de nível médio, nas creches o incentivo já existe, segundo alguns educadores as crianças que não sabem ler, andar ou até mesmo falar são estimuladas pela música, e gostam de ouvir história, até tentam virar as páginas do livros de histórias.
Ler para elas é uma maneira de colocá-los em contato com a língua escrita e estimular o gosto pela leitura, alem de criar momentos de prazer. As emoções provocadas pela leitura fazem com que os pequenos mais tarde, por volta dos 02 ou 03 anos, comecem a reconhecer situações e trabalhar seus sentimentos, projetando-se nos personagens. Essa é uma oportunidade bastante eficaz de ajudar no desenvolvimento cognitivo, físico e emocional.
Não só as crianças gostam de histórias, os contos de fadas fazem parte das atividades diárias na educação infantil e são exploradas com criatividade pelos professores, não devem ficar restritos aos anos iniciais, deve transpor barreiras e conceitos, de que contos de fadas e histórias infantis servem apenas para crianças. Na adolescência, esse tipo de leitura contribui para a formação dos alunos leitores e críticos. Eles se emocionam e contam fatos significativos vividos em família e proporcionados pela leitura. É um estímulo para os estudos da literatura.

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