A criança não mente ou inventa que é abusada sexualmente = Verdade. Raramente a criança mente. As estimativas de casos fictícios são de apenas 6%.
As vítimas do abuso sexual são oriundas de famílias de nível sócio-econômico baixo = Mito. Níveis de renda familiar e de educação não são indicadores do abuso.
Famílias de classes média e alta podem ter condições melhores para encobrir o abuso. O abuso sexual não se limita ao estupro = Verdade. Além do ato sexual com penetração vaginal (estupro) ou anal, são considerados abuso sexual o ‘voyerismo’, a manipulação de órgãos sexuais, a pornografia e o exibicionismo.
As crianças não têm como se proteger = Mito. As crianças podem ser ensinadas a utilizar seus próprios recursos para sua proteção: dar pontapés, gritar, correr e fugir, procurar ajuda... O mais importante é fazê-las entender que há sempre alguém a quem podem recorrer quando precisarem de ajuda.
Falar abertamente sobre abuso sexual não irá traumatizar a criança = Verdade. O que assusta e confunde as crianças são as orientações vagas, como por exemplo: "não aceite nada de estranhos". Se o tema do abuso sexual for apresentado à criança em termos de sua segurança pessoal, não é mais assustador do que falar dos perigos do trânsito ou da segurança na rua. As fantasias das crianças são por vezes piores do que a realidade. Por isso, a informação concreta, apresentada com sensibilidade, pode dar a elas mais poder pessoal.
Dizer às crianças para se afastarem de estranhos e mantê-las em casa é a forma de proteger contra o abuso sexual = Mito. 75% a 85% dos abusadores são da família da vítima, seus amigos ou conhecidos; 60% dos abusos sexuais acontecem dentro da casa do abusador ou da criança.
As crianças não inventam histórias para se vingar de alguém ou receber atenção = Verdade. As crianças raramente mentem acerca do abuso sexual. As mais novas não compreendem o que isso significa e as mais velhas normalmente estão demasiadamente assustadas e envergonhadas para contarem do que foram vítimas.
O abuso sexual é um acontecimento relativamente raro = Mito. O abuso de crianças é três vezes mais comum do que os maus-tratos físicos. Dados estatístico, que podem estar subestimados (50% a 80% das vítimas não apresentam queixa), indicam que 25% das mulheres foram abusadas quando crianças.
A Gazeta - 31 de outubro de 2006. Por Elisangela Bello
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